Feira na Asa Norte exalta produtoras rurais do DF

Para celebrar o Dia Internacional das Mulheres Rurais, comemorado em 15 de outubro, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e o Boulevard Shopping Brasília se uniram para realizar a Feira de Mulheres Rurais Empreendedoras. O evento será realizado na sexta-feira (18) e no sábado (19), das 10h às 22h – uma oportunidade para o público conhecer a qualidade dos produtos elaborados por mulheres da zona rural do DF.

A Feira de Mulheres Rurais Empreendedoras permitirá que mais de 20 produtoras rurais do DF exponham e comercializem seus produtos | Foto: Divulgação/Emater-DF

A feira contará com a participação de mais de 20 produtoras rurais de diversas regiões do Distrito Federal. Os visitantes poderão adquirir produtos artesanais como bolos, panificados, doces, geleias, biscoitos, cafés e plantas ornamentais, todos produzidos por empreendedoras e trabalhadoras rurais atendidas pela Emater-DF.

A iniciativa permite que as mulheres exponham e comercializem seus produtos, promovendo o contato direto com o consumidor final. Além disso, contribui para a inclusão socioprodutiva, valorização e empoderamento dessas produtoras, que muitas vezes permanecem invisíveis nas áreas rurais e lutam pelo sustento de suas famílias e pela geração de renda.

Além da feira, a Emater-DF promoverá um curso de fabricação de biscoitos natalinos e um dia especial com atividades de integração

“Temos observado e incentivado cada vez mais o empreendedorismo feminino. A feira é uma forma de homenagear e valorizar esse trabalho. Essas mulheres desempenham um papel fundamental na agricultura, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional, na gestão dos recursos naturais, na liderança no campo e em ações comunitárias”, ressalta a diretora-executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade.

“O Boulevard tem um compromisso contínuo com projetos que promovem impactos sociais e ambientais positivos. Apoiamos ações que valorizam o empreendedorismo feminino e a produção local, como a Feira de Mulheres Rurais Empreendedoras, pois acreditamos na importância de abrir espaço para iniciativas que transformam vidas e fortalecem a economia regional”, afirma a gerente de marketing do shopping, Luana Citon.

No Distrito Federal, das cerca de 18 mil propriedades rurais atendidas pela Emater-DF, 5.384 estão registradas em nome de mulheres,  como proprietárias ou coproprietárias. Entre os 29.755 cadastros de produtores e trabalhadores rurais, 9.399 pertencem a mulheres envolvidas na produção e no trabalho no campo. Elas atuam em diversas cadeias produtivas, como bovinocultura, floricultura, olericultura, agricultura orgânica e também  atividades não agrícolas, como artesanato, turismo rural e agroindústria.

Além da feira, a Emater-DF promoverá um curso de fabricação de biscoitos natalinos e um dia especial com atividades de integração, ambos voltados para o público feminino de diversos núcleos rurais do DF.

Feira de Mulheres Rurais Empreendedoras

• Data – Sexta (18) e sábado (19)
• Horário – Das 10h às 22h
• Local – Piso 1 do Boulevard Shopping Brasília (Setor Terminal Norte, Conjunto J – Asa Norte).

*Com informações da Emater-DF

Feiras movimentam mercado rural do DF com a comercialização da produção agrícola

Parte da produção agrícola da capital federal é comercializada nas feiras difundidas pela cidade, garantindo o sustento de muitos produtores da agricultura familiar. Em praticamente todas as regiões administrativas, há pontos criados com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), onde são vendidas hortaliças, verduras, frutas, pescados, aves, suínos e produtos agroindustrializados, como queijos e doces.

Feira do Produtor, no Paranoá, é uma das referências da produção orgânica no DF | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

“A Emater trabalha com comercialização há muitos anos, porque entendemos que precisamos ajudar o produtor, então o projeto das feiras é muito importante para isso”, afirma o presidente da empresa, Cleison Duval. “Nosso trabalho vai desde a produção e o acompanhamento da atividade, lá na chácara do produtor, até a padronização e a melhor forma dele levar esse produtor para a feira.”

Feira do Produtor

José Maurício Rocha, que começou com cultivo e venda de abacate, hoje expandiu a produção e quer investir na criação de galinhas, orientado pela Emater-DF: “Eles nos ensinam a plantar, a vender. É um baita auxílio”

Há oito anos, o produtor rural José Maurício Rocha começou no segmento cultivando e vendendo abacate. O sucesso da comercialização o levou a ampliar a produção. Hoje, ele cultiva tomate, maracujá-do-cerrado, quiabo, chuchu, pimentão, banana e folhagens em uma propriedade no Núcleo Rural Capão da Onça, no Paranoá. Tudo que produz, ele comercializa em três feiras no Paranoá, na Vila Planalto e no Lago Sul. 

“Quando comecei, eu levava duas caixas e vendia; depois só foi crescendo”, conta. “Hoje, todo o meu sustento vem das feiras.” E José Maurício quer aumentar ainda mais a comercialização. A ideia agora é investir na criação de galinhas, o que ele vai fazer com o auxílio da Emater-DF. “Já estou até com um curso com eles marcado. A Emater nos ajuda muito. Eles nos ensinam a plantar, a vender. É um baita auxílio.”

Noraci da Costa não perde um domingo de feira no Paranoá: . “Tudo aqui é muito bom, seja pela qualidade, seja pelo preço”

No Paranoá, um dos pontos mais conhecidos é a Feira do Produtor, montada todo domingo em um estacionamento no Setor de Oficinas. Por lá, as opções são variadas. “É uma feira livre que tem produtos de hortícolas frescos, in natura, pescado, agroindustrializados, temperos e também outras coisas de alimentação”, resume Rafael Lima, extensionista da Emater-DF no escritório do Paranoá. “É uma feira bem diversificada para atender a demanda dos consumidores da região”.

240

Número de produtores rurais mapeados pela Emater-DF dedicados ao cultivo de orgânicos

Todos os domingos, a babá Noraci da Costa vai até a feira garantir frutas e verduras para passar a semana. “Tudo aqui é muito bom, seja pela qualidade, seja pelo preço. Para mim, essa feira é maravilhosa, perfeita, nota 10”, define. Neste domingo (18), ela saiu do local para a sua casa no Itapoã com maçãs, tomates e quiabos.

Quem também não abre mão de frequentar a Feira do Produtor do Paranoá é a técnica em enfermagem Selma Cristiane Xavier, 50. A cada 15 dias, ela deixa o Altiplano Leste em direção ao Paranoá só para comprar verduras, legumes, polpas e peixes: “Quase todo domingo eu estou aqui. Acho os produtos excelentes. É mais em conta e tudo fresco”.

Venda de orgânicos

Maria de Fátima da Conceição produz orgânicos em sua chácara e comercializa na Feira do Produtor: “É onde mais vendo; com certeza, boa parte do meu sustento vem daqui”

“Há uma demanda muito grande da população pelos produtos orgânicos, então nós temos um trabalho específico cadastrando as feiras e os pontos de comercialização”

Cleison Duval, presidente da Emater-DF

Além da expansão das feiras tradicionais, o Distrito Federal tem vivenciado um crescimento de pontos orgânicos. Segundo o mapeamento da Emater-DF, são mais de 30 locais com cerca de 240 produtores rurais envolvidos. A maior parte está localizada no Plano Piloto, mas há pontos no Sudoeste, no Jardim Botânico, no Jardins Mangueiral, em Sobradinho, no Park Way, no Lago Oeste e nos lagos Norte e Sul.

“Há uma demanda muito grande da população pelos produtos orgânicos, então nós temos um trabalho específico cadastrando as feiras e os pontos de comercialização”, pontua o presidente da Emater-DF. “Esse é um trabalho que fazemos junto ao produtor, ajudando na produção, na comercialização e no registro.”

Maria de Fátima da Conceição é uma das produtoras de orgânicos da cidade. Em sua chácara no Núcleo Rural Capoeira do Bálsamo, no Lago Norte, ela e o marido produzem há 12 anos culturas livres de agrotóxicos, com suporte da Emater-DF. “Começamos há 15 anos, e, na época, ainda não eram orgânicos; mas, com auxílio da Emater conseguimos fazer a transição”, lembra.

Os produtos são todos comercializados na região do Paranoá. “A venda é boa, principalmente, na feira aos domingos. É onde mais vendo; com certeza, boa parte do meu sustento vem daqui”, comenta ela. No restante da semana, ela comercializa os produtos em um quiosque no Paranoá.

O gerente de Comercialização e Organização Rural da Emater-DF, Blaiton Carvalho, explica que os produtores de orgânicos fazem parte de um cadastro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): “O agricultor é obrigado a ter uma certificação que documenta que a produção é orgânica. Por isso, é importante que ele esteja com a cópia do certificado na banca e também que o consumidor exija para saber que de fato está comprando um produto orgânico”.

19/08/2024 - Feiras movimentam mercado rural do DF com a comercialização da produção agrícola

Obras de infraestrutura na QR 119 de Santa Maria vão beneficiar 700 famílias

Os tempos de poeira e lama estão prestes a acabar para os moradores da QR 119 de Santa Maria. Em visita à região, nesta sexta-feira (2), o governador Ibaneis Rocha assinou a ordem de serviço para dar início às obras de drenagem de águas pluviais e pavimentação na quadra. Para atender o pedido da comunidade, o Governo do Distrito Federal (GDF) vai construir 123 metros de nova rede de drenagem e pavimentar 2,3 km, um investimento de R$ 3.691.499,06 para beneficiar as mais de 700 famílias que moram na região.

A autorização para iniciar a intervenção veio após um pedido da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab), que pretende construir 204 unidades habitacionais para atender 704 famílias na QR 119. Essa também era uma demanda antiga de entidades da sociedade civil que aguardavam por melhorias de infraestrutura da região. Ao todo, serão gerados cerca de 150 empregos.

Ibaneis Rocha: “Vamos realizar todo um trabalho de infraestrutura para atender a população daqui” | Fotos: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília

“Temos muitas demandas da comunidade que mora aqui, que não conta com asfalto nem drenagem de águas pluviais. Então, vamos realizar todo um trabalho de infraestrutura para atender a população daqui. Essa quadra é uma das últimas que ainda não tinha a infraestrutura adequada aqui em Santa Maria”, afirmou o governador Ibaneis Rocha.

As obras, coordenadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), visam minimizar os impactos decorrentes da ausência de pavimentação e de um sistema de drenagem adequado, condições que afetam a comunidade durante os períodos de chuva e seca.

“É uma obra que tem um grande valor social”

Fernando Leite, presidente da Novacap

“O mais importante dessa obra, além de trazer drenagem e pavimentação, é a de colaborar com um programa do governo de habitação para beneficiar as famílias contempladas. É uma obra que tem um grande valor social. Os serviços também contemplarão meios-fios, calçadas, rampas e iluminação pública”, detalhou o presidente da Novacap, Fernando Leite.

O analista em TI Lindomar Rodrigues, 27, mora na QR 119 há quatro anos e, desde então, há a demanda para que levasse infraestrutura para a quadra: “A gente vem lutando para conseguir essas obras há muito tempo. Foram muitos pedidos feitos à administração e parlamentares e hoje é uma conquista maravilhosa que tivemos. A poeira estava insuportável. Nós só temos a agradecer.”

Morador da região há quatro anos, Lindomar Rodrigues conta que a demanda por esses serviços existe há muito tempo

“Ali temos casas e programas habitacionais da Codhab. Desde que começaram a ocupar o local, houve esse movimento para levar infraestrutura. É uma quadra bem-localizada, perto da escola técnica, na entrada na cidade. Agora, com as obras, a QR 119 vai ficar bem mais valorizada”, concluiu o administrador regional Josiel França.

Mais investimentos

Além das recentes ordens de serviço assinadas nesta sexta-feira (2), para construir a nova Feira Central de Santa Maria e levar infraestrutura à QR 119, há outras inúmeras obras em andamento na região.

A cidade está prestes a ganhar uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS). O equipamento está sendo erguido em uma área de 1.499,35 m² e terá capacidade para abrigar quatro equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) da Atenção Primária. Serão investidos mais de R$ 10 milhões na obra coordenada pela Novacap sob intermédio da Secretaria de Saúde (SES).

A BR-040 também passa por obras de mobilidade. Com o investimento total de R$ 13,1 milhões, a rodovia, utilizada por cerca de 100 mil motoristas por dia, vai ganhar uma marginal. O serviço compreende um trecho de 5,6 km na interseção da DF-495 com a BR-251 e beneficia milhares de moradores e pessoas que circulam entre Gama, Santa Maria e também por cidades do Entorno, como Valparaíso, Céu Azul e Cidade Ocidental.

Já as obras do Centro de Educação para a Primeira Infância (Cepi) na área da 215/315 seguem avançando. Com investimentos de R$ 5.585.945,23, a creche terá capacidade para acolher 188 alunos.

“Santa Maria é uma cidade que temos investido muito desde o nosso primeiro mandato, em 2019. Atualmente, estamos com uma UBS em construção, vamos dar início à nova feira, há obras de infraestrutura na QR 119 e estamos fazendo mais uma via de acesso na BR-040 para facilitar o trânsito das pessoas que se dirigem ao Distrito Federal. Então, são inúmeras obras que estão sendo feitas desde o início do nosso mandato para dar mais qualidade de vida à população da cidade”, concluiu o governador Ibaneis Rocha.

02/08/2024 - Assinada ordem de serviço para levar infraestrutura à QR 119 de Santa Maria

Assembleia na Feira 210 de Samambaia: Posse da Nova Diretoria e Aprovação de Novas Diretrizes

Assembleia na Feira 210 de Samambaia: Posse da Nova Diretoria e Aprovação de Novas Diretrizes

A Importância da Assembleia

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A Secretaria de Governo, por meio da Secretaria de Cidades (SECID) , em colaboração com representantes do Sindicato dos Feirantes do Distrito Federal (SINDIFEIRA-DF) , e com representantes da Administração Regional da Samambáia (RA-XII/DF) , fez na Segunda – Feira, dia 24 de junho de 2024, às 14h, na praça de alimentação da Feira 210 de Samambáia, uma assembleia com os feirantes locais.Leia mais

Reunião entre Governador Ibaneis Rocha e Sindifeira-DF

Reunião entre Governador Ibaneis Rocha e Sindifeira-DF discute regulamentação das feiras do Distrito Federal

Em 18 de junho de 2024, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha , juntamente com o secretário de governo, José Humberto , receberam a diretoria do Sindifeira-DF para uma reunião de grande importância.Leia mais

GDF anuncia pacote de medidas para desenvolver polo agro

O penúltimo dia da feira AgroBrasília foi marcado por uma série de anúncios feitos pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para estimular o desenvolvimento do setor rural, fomentar o agronegócio e atrair novas empresas para o campo. O pacote de medidas inclui incentivos financeiros, ações de preservação ambiental, ampliação de canais de irrigação e melhoria na infraestrutura viária.

Durante a visita à AgroBrasília, Ibaneis Rocha também repercutiu a coletiva de imprensa ocorrida na quinta-feira (23), no Palácio do Buriti, que apresentou os investimentos em saúde nos últimos cinco anos e anunciou a compra de 62 novas ambulâncias, um edital para contratação de novos pediatras, o aumento do número de leitos e a assinatura do contrato para prestação de serviço de 150 médicos anestesiologistas.

Ibaneis Rocha: “Temos tido um olhar importante para a agricultura e pecuária na nossa cidade. Buscamos atuar nessas áreas com conhecimento que vem da pesquisa que é feita” | Fotos: Renato Alves/ Agência Brasília

“Nos últimos dias tivemos muitas notícias na área da saúde no Distrito Federal. Ontem, a nossa secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, o presidente do IgesDF, Juracy Lacerda, e o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, deram uma entrevista coletiva revelando de forma bastante clara o investimento que a gente vem fazendo na área da saúde no Distrito Federal”, pontuou. “A gente espera poder cada vez mais melhorar a saúde no Distrito Federal. A gente vai continuar fazendo esse esforço para melhorar a saúde da nossa cidade”, completou.

Sobre as novas medidas em prol da agricultura e da pecuária, Ibaneis reforçou que o governo, nos últimos anos, apoiou as feiras do agronegócio, criou a Empresa de Regularização Terras Rurais (ETR) e desenvolveu o ecoturismo. “Temos tido um olhar importante para a agricultura e pecuária na nossa cidade. Buscamos atuar nessas áreas com conhecimento que vem da pesquisa”, destacou o governador. “Agora, assinamos alguns decretos e, com certeza, vamos melhorar o ambiente do agronegócio do Distrito Federal”, completou.

Incentivos ambiental e financeiro

O primeiro anúncio foi a assinatura do acordo de cooperação técnica para a implantação do programa Pró-Águas. Ele integra o plano ABC+ da agricultura de baixo carbono, recém-instituído no DF. A expectativa é recuperar mais de 10 mil hectares de áreas degradadas com a recuperação de toda a estrutura.

“Essa é a primeira ação efetiva desse plano e visa fazer a recuperação de solo e água, principalmente nas áreas que temos demandas das reservas legais”, explica o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno. Os produtores que aderirem ao programa terão retorno financeiro.

Visando mais segurança hídrica aos produtores da região, o governo assinou a ordem de serviço para iniciar a reforma da bacia hidrográfica do Rio Preto, importante curso para o Distrito Federal, com aporte de mais de R$ 5 milhões. Serão 16,7 km de canais de irrigação tubulares e modernizados e 247 novos tanques construídos.

O governo assinou a ordem de serviço para iniciar a reforma da bacia hidrográfica do Rio Preto, importante curso para o Distrito Federal, com aporte de mais de R$ 5 milhões. Serão 16,7 km de canais de irrigação tubulares e modernizados e 247 novos tanques construídos

Do ponto de vista econômico, o pacote de medidas inclui a ampliação do programa Pró-Rural a partir da assinatura do decreto pelo governador e a entrega das cartas de crédito pelo Banco de Brasília do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), que financia projetos de investimento e custeio agropecuários no DF e na Região de Desenvolvimento Integrado (Ride). Foram concedidos os contratos para trigo, milho e feijão, importantes cadeias na área rural do DF.

“Pedi ao Paulo Henrique Costa [presidente do BRB] que tivesse um olhar especial para a agricultura e pecuária e a resposta foi efetiva nessas áreas. Tenho certeza que com esses créditos vamos fazer muito pelo desenvolvimento das áreas rurais do DF”, revelou Ibaneis Rocha.

Já em vigor, o Pró-Rural concede crédito e incentivos ambientais, administrativos, fiscais, econômicos, de infraestrutura e profissionalizantes a produtores rurais reduzindo em até 80% os impostos sobre a comercialização de mercadorias. Com a mudança passam a ser beneficiadas mais culturas: avicultura, fruticultura, aquicultura e silvicultura. “Isso gera força para o produtor rural, incentivando a produção e a agroindustrialização”, reforça o secretário de Agricultura.

Infraestrutura

O Pró-Rural concede crédito e incentivos ambientais, administrativos, fiscais, econômicos, de infraestrutura e profissionalizantes a produtores rurais reduzindo em até 80% os impostos sobre a comercialização de mercadorias

Uma das prioridades do GDF é também melhorar a infraestrutura viária da região. Nesta sexta-feira (24), 1,5 km de pavimento foi inaugurado na BR-251, via marginal de acesso à AgroBrasília. A obra teve investimento de R$ 1 milhão e contou com serviços de terraplanagem e drenagem. Além de atender a feira de agronegócio realizada no Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), o concreto na rodovia beneficia o comércio local, a escola, a unidade básica de saúde e o Centro de Tradição Gaúcha (CTG).

Em 2021, o governo já havia pavimentado duas faixas de rolamento ao longo de 13,5 km de extensão no PAD-DF, entre o final do trecho 6,5 km até o balão da DF-100. Com investimento de mais de R$ 20 milhões, a ação integrou o programa Caminho das Escolas, que facilita o acesso às unidades de ensino rurais. Agora, serão mais 6,6 km de pavimento na DF-285, entre o km 19 e o km 25,6. A autorização do processo licitatório foi assinada nesta manhã pelo governador.

“A pavimentação da DF-285 é uma promessa que fizemos na campanha. Era a última área de saída do DF que não era asfaltada”, lembrou o governador Ibaneis Rocha.

“Queremos ajudar os produtores para que eles possam produzir e semear preservando as áreas”

Rôney Nemer, presidente do Brasília Ambiental

Serão investidos R$ 13,2 milhões advindos de financiamento do Banco do Brasil. O trecho passará por terraplanagem, instalação de capa asfáltica e meios-fios, drenagem e sinalização horizontal e vertical. Mais de cinco mil condutores terão mais trafegabilidade para transitar no Núcleo Rural Jardim II e seguir viagem até as cidades mineiras de Unaí, Cabeceira Grande, Buriti de Minas e Palmital.

Outra novidade que terá impacto na estrutura é o lançamento do Licenciamento Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC) para agilizar o processo de obtenção de licenças para empreendimentos e atividades rurais garantindo o desenvolvimento sustentável.

“A determinação do nosso governador é que nós, dentro da legalidade, achássemos formas para que as atividades fossem licenciadas de forma ágil e sustentável. Queremos ajudar os produtores para que eles possam produzir e semear preservando as áreas”, defendeu o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer.

A licença permitirá, por exemplo, a retomada da extração do cascalho, importante material para a recuperação das estradas vicinais.

“A liberação do cascalho de forma organizada e sustentável fará com que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) possa entrar nas vias rurais, porque sabemos da necessidade dos produtores”, acrescentou o presidente do DER, Fauzi Nacfur Junior.

Ao longo da manhã de anúncios, Ibaneis Rocha ainda entregou premiações aos vencedores do Hackathon Agrohack Ideias 2024 que propuseram soluções inovadoras para o agro no DF. As três melhores iniciativas foram contempladas com prêmio em dinheiro. O governador também participou na inauguração da Casa do Produtor Rural, uma iniciativa da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).

Feira

Com a temática ‘O agro do futuro a gente cultiva hoje’, a AgroBrasília espera receber mais de 175 mil visitantes | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

A 15ª edição da AgroBrasília teve início no último dia 21 e segue até este sábado (25), das 8h30 às 18h, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF. Sob a temática “O agro do futuro a gente cultiva hoje”, a feira espera receber mais de 175 mil visitantes ao longo de cinco dias e movimentar R$ 4,8 bilhões em negócios. São quase 600 expositores espalhados em uma área total de 70 hectares. Os estandes trazem inovações nas mais diferentes áreas da agropecuária, além de soluções técnicas e financeiras para os produtores rurais. A entrada é franca.

Responsável pela organização da feira, a Cooperativa Agropecuária da Região do DF (Coopa-DF) assinou um acordo de cooperação técnica com o GDF nesta manhã. “Essa presença do GDF dentro da feira é muito importante. A AgroBrasília foi feita dentro da parceria com a Emater-DF, que tem nos acompanhado nas 15 edições. Esse ano tivemos uma presença ainda maior do GDF. Quero agradecer ao governo pelo empenho com o nosso segmento”, declarou o presidente Coopa-DF e AgroBrasília, José Guilherme Brenner.

O presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Cleison Duval, destacou a importância da feira e do pacote de ações anunciado pelo GDF: “Brasília é agro, 70% do DF é área rural. Essa potência estamos vendo aqui hoje na AgroBrasília. O governador tem dado todo o apoio de infraestrutura e regularização no campo, detalhes importantes que há décadas não eram resolvidos”.

24/05/2024 - GDF anuncia pacote de medidas para desenvolver polo agro do DF

Agro do Quadrado: Safra frutífera do DF cresce em área e em quantidade produzida

Fontes de vitaminas, minerais e fibras, as frutas são essenciais para uma alimentação saudável e equilibrada. No Distrito Federal, a produção frutífera apresentou crescimento de 16,25% nos últimos anos: em 2023, houve a colheita de 37.615 toneladas dos alimentos, ante 32.358 toneladas em 2019. A área plantada também teve acréscimo, indo de 1.421 hectares em 2019 para 2.169 hectares no ano passado, impulsionando o potencial agrícola da capital.

‌Abacate, banana e tangerina são as culturas que apresentaram maior aumento na produção em 2023. A safra do abacate cresceu 21,88% em comparação à de 2021, alcançando 412 hectares plantados e 7.070 toneladas colhidas – equivalente a cerca de 19% da produção total de frutas do DF. Ricos em potássio e nas vitaminas A e C, o alimento é encontrado em 744 propriedades rurais, sendo que a maioria está em Sobradinho, em Brazlândia e no Núcleo Rural Alexandre Gusmão.

Gerlan Fonseca, da Emater, relaciona o crescimento do setor frutífero às condições climáticas e às novidades no manejo do cultivo | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Por sua vez, a banana apresentou alta de 47,28% em comparação a 2019: as quantidades produzidas saltaram de 4.404,78 toneladas para 6.486 toneladas. A alta também é perceptível na área plantada, que passou de 211,761 hectares em 2019 para 356,310 hectares em 2023. Ao todo, o DF reúne 1.156 produtores do alimento, com maior concentração em Sobradinho, São Sebastião, Planaltina e Ceilândia.

A tangerina, também conhecida como mexerica e bergamota, é outra fruta que apresentou aumento nos últimos anos. A produção do alimento passou de 1.870,96 toneladas em 2019 para 3.136 toneladas em 2023, um aumento de 67,70%. A elevação na produtividade acompanha o aumento de produtores do fruto, que em 2021 eram 269 e este ano são 389. Gama e São Sebastião reúnem a maior parte das propriedades que cultivam o alimento.

O regime pluviométrico e a temperatura, combinados com técnicas de adução e manejo, resultaram no aumento da produção, sobretudo da banana

Os dados foram obtidos nas edições do Relatório de Informações Agropecuárias da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). É por meio das ações do órgão que o Governo do Distrito Federal (GDF) oferece apoio técnico e tecnológico aos produtores, com assistência no dia a dia da propriedade, oficinas, cursos, excursões e até projetos de financiamento para aquisição de produtos, terras e maquinários.

“Estamos à disposição para orientar o produtor com toda a parte de plantio, instalação da cultura e acompanhamento nas demais fases de produção, como o controle de pragas, de doenças, até a pós-colheita e venda. Conseguimos orientar o produtor e inseri-lo no mercado, para participar das compras governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa de Alimentação Escolar (PNAE)”, explica o técnico da Emater, lotado no escritório de Sobradinho, Gerlan Fonseca.

Fonseca relaciona o crescimento do setor frutífero às condições climáticas e às novidades no manejo do cultivo. Segundo ele, o regime pluviométrico e a temperatura, combinados com técnicas de adução e manejo, resultaram no aumento da produção, sobretudo da banana. “O ano passado foi muito positivo em termos de clima. Como a banana não é um produto viajado, ou seja, não vem de outras regiões do Brasil, mas sim aqui do DF mesmo, o alimento é colhido e entregue ao mercado, ou feira, no mesmo dia”.

Segundo o técnico da Emater, o crescimento do setor está diretamente conectado à prosperidade dos produtores rurais. “É prova de que o trabalho deles e a aplicação de tecnologia no cultivo, seja na irrigação, seja no controle de pragas e até na escolha de mudas de qualidade, estão dando resultado. A tecnologia ajuda a reduzir custos e aumentar a qualidade do produto que chega na mesa do consumidor”, destaca.

Esforço e cuidado

Wellington Rodrigues planta três tipos de banana em cerca de 1,1 hectare de área em Sobradinho

O apoio da Emater-DF foi essencial para o desenvolvimento da propriedade rural do produtor Wellington Rodrigues, 46 anos. Nascido em Minas Gerais, ele chegou a Sobradinho em 1994 junto à mãe e aos oito irmãos. Em 2005, conseguiu adquirir uma área na Fercal e iniciou os plantios. Nos primeiros anos, dedicou-se inteiramente à mandioca, mas, a partir de 2016, abriu espaço para uma nova cultura: a banana.

Arte: Agência Brasília

Os dois alimentos têm ciclos e exigências nutricionais diferentes, por tanto, podem compartilhar o mesmo espaço de plantio. Para que o modelo de cultivo dê certo, é necessário atenção redobrada à irrigação e adubação – exigências com que Wellington aprendeu a lidar graças ao suporte da Emater-DF. “Eles estão junto com a gente desde o início, em 1994, sempre nos auxiliando em tudo que precisamos. Tudo que aprendi foi eles que ensinaram”, conta ele.

“É muito satisfatório saber que o que produzimos está chegando às pessoas – e que estão comendo algo gostoso e de qualidade”

Wellington Rodrigues, produtor de banana e mandioca

Wellington planta três tipos de banana – prata-anã, nanica e da terra – em cerca de 1,1 hectare de área. Os alimentos são destinados ao Programa de Aquisição de Alimentos e a feiras e mercados de Sobradinho e Fercal. Devido à proximidade entre produtor e consumidor, a colheita pode ser feita com maior nível de maturidade, o que favorece o sabor e a qualidade do fruto.

“Costumo dizer que se a gente tiver dez caixas é ruim de vender. O bom é vender de 100 para cima, porque todo mundo quer das nossas bananas. Como entregamos para locais aqui perto, podemos colher no tempo certo, sem risco de amadurecer antes de chegar no mercado ou na feira. Quem está a mil quilômetros de distância não consegue, precisa colher a banana mais verde, para amadurecer no caminho”, explica Wellington. “É muito satisfatório saber que o que produzimos está chegando às pessoas – e que estão comendo algo gostoso e de qualidade”, celebra ele.

Benefício social

Madalena Ripardo comemora auxílios sociais como o Cartão Prato Cheio

Para que as frutas, verduras e legumes desenvolvidos em solo brasiliense cheguem à mesa dos cidadãos, o Governo do Distrito Federal (GDF) criou o Cartão Prato Cheio. O benefício social foi lançado em maio de 2020, para levar segurança alimentar e nutricional para a população em situação de vulnerabilidade, e foi instituído como programa de Estado, garantindo recursos independentemente de mudança de governo. Mais de 500 mil famílias já foram beneficiadas, algumas delas em mais de um ciclo. O auxílio de R$ 250 é pago mensalmente por nove meses.

Com o Cartão Prato Cheio, a dona de casa Madalena Ripardo, 28 anos, consegue enriquecer o cardápio da família e comprar as frutas preferidas dos filhos, os pequenos João Pedro, 4, e Noah Ravi, 2. “Eles gostam muito de banana e abacate. Mas, como estou desempregada, o dinheiro que consigo fazendo bicos dá para comprar só arroz e feijão. Agora, com o Prato Cheio, as coisas melhoraram muito, vou ao mercado e pego coisas que sei que eles gostam”, afirma.

O benefício foi apresentado a ela em um atendimento no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Ceilândia. “Na primeira parcela, meu (filho) mais velho foi comigo ao mercado e perguntou se podia comprar uma fruta. Fiquei tão feliz em dizer que sim, que podíamos comprar o que ele queria. É uma ajuda muito grande”, desabafa Madalena, que é cearense e chegou ao DF em 2017. Madalena recebe o Cartão Material Escolar, que auxilia na aquisição de itens escolares para o filho mais velho.

23/05/2024 - Agro do Quadrado: Safra frutífera do DF cresce em área e em quantidade produzida