Nem visitar um restaurante, nem cozinhar em casa. O cenário escolhido por Neide Morais, 61 anos, para o almoço da Sexta-Feira Santa foi a Feira da Torre de TV. Depois de passear pelas bancas, a aposentada saboreou um tucunaré frito servido com arroz branco e batatas. E se surpreendeu ao encontrar o peixe no local. “Não queria comer carne vermelha”, explica. “Foi ótimo poder almoçar algo gostoso e ainda matar a saudade da Torre de TV”.
Subsecretário de Cidades, Cleber Monteiro garante que todos os restaurantes das 38 feiras permanentes do Distrito Federal investiram em pelo menos um prato com peixe nesta Sexta-Feira da Paixão. “Mas ninguém deixa de oferecer o cardápio original, com rabada, dobradinha, buchada”, aponta. “A procura por essas iguarias é grande mesmo em dia santo”.
É o caso de José Edson da Silva, dono de um restaurante na Feira da Ceilândia. Em meio a panelas com baião de dois, caldo de mocotó e linguiça, um cozido de dourada e uma tilápia frita atraíam os fiéis mais tradicionais. “Comprei 15 kg de cada e ainda vai faltar”, conta. Com 30 anos de cozinha, Edson diz que os pratos mais tradicionais da feira nunca deixam de ser vendidos na Semana Santa. “Tem público para tudo, gente de religiões e credos diferentes”, resume.
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O Governo do Distrito Federal destinou R$ 27 milhões para a manutenção de mais de 20 feiras permanentes. A licitação, realizada em agosto de 2021, prevê serviços como pintura, troca de alambrado, conserto de pisos e banheiros, troca de lâmpadas convencionais por LED.
A reforma das feiras permanentes de Sobradinho II, do Gama, da quadra 202 de Samambaia e da Guariroba (Ceilândia) está quase concluída. Dentro de aproximadamente duas semanas, outras cinco serão beneficiadas: da QNL de Taguatinga, da quadra 210 de Samambaia, de Brazlândia, de São Sebastião e a Feira Central da Ceilândia.